quinta-feira, 2 de abril de 2009

O Grafitinho, os meus vizinhos e Andy Warhol

Desde que abriu um colégio pra crianças próximo ao meu prédio eu passei a entender coisas que eu até então não sonhava em poder explicar.
Dizem que tudo está na infância então se assim o é algumas explicações podem ser dadas nas minhas horas dedicadas ao Voyerismo durante o cigarro.
Descobri que muito mais interessante do que a vizinha do prédio da rua de trás transando com um cara negro no sofá... ou a vizinha do prédio do lado deixando um cara negro transar com ela... era mais interessante olhar as criancinhas.
Mmm... criancinhas e sexo numa mesma linha pode dar cadeia, então deixa eu me retificar: Fico feliz pelos negões mandando ver nas mulheres, bem que a Cátia, que trabalha aqui em casa, vive me dizendo que eles são muito melhores... mas o que eu observo nem é o sexo em si, mas a capacidade das pessoas fazerem isso cm a janela escancarada e a luz principal da sala acesa (sim da sala, porque posso concluir que os negões das minhas vizinhas gostam muito de uma sala, jamais uma cama). Mas acaba aí... não chego a nenhuma conclusão, não mudo meu ponto de vista, nem nada... além do mais... sexo é o que pode trazer as criancinhas pro mundo para então matriculá-las no coléginho daqui de perto, então tem tudo super a ver com o assunto num geral.
Pois bem. Das 10 da manhã... até às 18h temos barulhos vindo do tal coléginho. Acho que ali só vai até a quarta série ou coisa parecida. Agora vejamos, quando eu estudava de manhã eu acordava (teoricamente) às 5:30 e estava no ônibus (teoricamente) às 6:30... e claro (não só teoricamente) com muito sono. Era quando eu notava... Deus!!! Como os brasileiros falam alto! “eu falei pra minha patroa que o Vanish é muito melhor! Desde que ela trocou aquele sabão em pó eu to querendo me demitir! Eu não agüento esfregar mais a roupa” ... “mas o Antônio ... é aquele professor de técnica um ... é esse. Então o Antônio ele deixou usar a calculadora durante a prova, então não tem que se preocupar, eu vou pegar ele no próximo semestre!” ... “você não me ligou ontem, acha que eu sou algum tipo de palhaça que você fala que está de saco cheio de mim na frente dos seus amigos e eu vou ficar em casa chorando?” ... “Não cara ta safo, eu fechei uma equipe ontem e nós vamos pegar aquela galera e moldar no nosso ritmo. ... é claro, uma galera jovem pra divulgação...” aiai. Do que te importa esses assuntos? Nem a mim. Nem a ninguém... mas... eles falam alto, bem alto, muito alto. Tão alto quanto a minha vizinha do lado pede coisas pro negão dela.
E então eu notei que da primeira à terceira série ou coisa assim... nenhuma aula pode ser baixa. Pq se existem silêncios de 20 minutos nesse colégio é muito. Não há descanso. Eles fazem aulas fora da sala, pq eh mais divertido e berram, eles berram durante as aulas de educação física, eles berram durante o recreio... imagino eu que as professoras berrem pra dar aula. E assim cresce uma geração de pessoas que não sabem falar, só berrar. Berrar, berrar.
Eu tive um professor que berrava na faculdade de jornalismo e eu sentia atração por ele. Pior que eu sabia porque... porque ele berrava. Ops... to me encalacrando ainda mais com esse negócio de sexo, criancinha, berro, negões e atração. Ainda bem que o meu professor berrava grosso e as criancinha berravam fino. E a grande vantagem de não ficar divulgando o meu blog pros meus amigos é que posso escrever quanta baboseiras eu quiser, porque ninguém vai ler. E o melhor, quando mais eu escrever, mais ainda vou repelir leitores.
Não gostei desse texto, mas vou dar um upload mesmo assim.




Eu estou lendo a autobiografia de Andy Warhol, não, não estou lendo, estou devorando. Me recusei ver filmes ontem pra ler um livro e isso é um caso muito, muito raro.
Os Críticos chamavam Andy W de fútil e eu sempre me irritei com isso pensando “ele eh debochado! Não fútil!”.
Pois bem... lendo o Andy Warhol de A à B e de volta a A, eu conclui que: O cara não é fútil. O cara é mega power hiper super ultra top frívolo (uma palavra mais legal pra fútil). A pior parte: eu mega me identifico com ele... com as coisas que ele escreveu, com a arte ele, com a vida dele, com alguns pontos de vista dele. Só não sou tão frígida quanto ele se dizia ser (se dizia porque se ele era ou não eu nunca vou saber).
O livro tem tiradas ótimas como – no colégio devia se ensinar sobre amor e sexo, mas não o fazem porque amor e Sexo são business. Sei, meio óbvio que são negócio, mas no contexto que ele fala, soa tão genial... No colégio também tinha que ensinar a gente a falar baixo.
Andy Warhol falava baixo, lento e engraçado. Porque a graça substitui o sexo, conforme ele.
Enfim... ele tem bons pontos de vista sobre a cultura popular, o mass media... etc. e eu to gostando muito do livro.