É difícil se concentrar em uma só coisa, quando você começa a estudar qualquer coisa que lhe pareça interessante, portas e janelas e olhos e, e, e, vão deixando entrar novas possibilidades de luz pra uma vida.
Entregue a inquietude e reprimida por uma necessidade da própria sobrevivência de acalmar essa avalanche de emoção. Uma dualidade interna severa e perigosa. Porque a cada um desses momentos divinos, quando escolho pelo controle ou pela falta dele, traço o caminho da minha vida numa linha entre viver e sobreviver.
E tudo parece raso demais diante do sentimento, porque quando ouço alguém dizer não ter palavras para descrever o que se sente, penso que há uma razão para tal. Se não sabe descrever em palavras suas sensações, não sabe expor ao mundo seus sentimentos é porque não sente de verdade o que diz não saber dizer que sente.
Então assim não sei eu mesma expor o porquê de ser grandioso o que sinto, quando eu mesma acredito não ser grandioso visto que não sei pôr em palavras o que se passa. O início de um aprendizado é sempre difícil, mas acredito que nada é intangível. Diante da vontade e do esforço, viabilizado pelo debate, tudo é possível. Mesmo que para isso precise acreditar no senso comum que diz: é preciso ajudar ao próximo e se deixar ser ajudado.